
Nota de pesar pelo falecimento de Dirce Iolanda F. Mendonça 305h1f
Publicado em 29/05/2025 10:07 hrs
Fonte: Coopfree; Jornalismo Cidadão - Em UTILIDADE PÚBLICA - 14/05/2016 21:41:49 654d6u
Penúltima entre 100 maiores cidades do País no Ranking do Saneamento (2014), Porto Velho não tem tratamento de esgoto e apenas 2,04% da população têm a coleta. A perda de água no processo de distribuição é de 70,72%. Um desperdício sem igual no país.
“Aqui falta tudo: água boa, esgoto, a rua em péssimas condições e falta constante de energia. Quem quiser água no bairro tem que construir seu próprio poço. Eu e muita gente aqui tem fossa, pra onde vai o que sai dos vasos dos banheiros e o resto da água que usa na casa a gente joga na rua”, conta o morador do bairro Monte Sinai, na Zona Sul da Capital, José Francisco da Silva. Ele relata graves problemas enfrentados pelos moradores desta região e muitas outras de Porto Velho com a falta de saneamento básico.
O vizinho de José Francisco, o caminhoneiro Odemir da Silva, disse que o filho mais novo, de sete anos, ou mal muitas vezes por conta da água que vinha de um poço do bairro vizinho. “Meu filho ava mal toda vez que a gente usava água que buscava na escola para tomar. Tinha que comprar agua mineral”, relata. Para minimizar o problema, Odemir conta que teve que se endividar para construir um poço artesiano, mas parece que não adiantou muito.
Para a esposa de Odemir, Sheila Brito Alves de Souza, a situação está ficando complicada, pois mesmo com o poço artesiano ela tem levado o filho constantemente ao médico, com sintomas que podem estar relacionados à má qualidade da água. “O médico do posto pediu alguns exames. Ele desconfia que a queda de cabelo do meu filho esteja relacionada à péssima qualidade da água, o solo deve estar contaminado também, é tanta fossa por perto” explicou Sheila, enquanto apontava os sintomas na cabeça do filho.
Há três quilômetros da residência de Sheila, na Rua Buritis, no bairro Nova Floresta, ainda na Zona Sul, mora o engenheiro agrônomo José Paulo Gonçales. De acordo com ele, o bairro conta com uma rede de água que abastece a sua residência, mas a qualidade é questionável. “A origem da água é de um poço que atende todo o bairro Nova Floresta, mas quanto ao tratamento é duvidoso, pois a água vem direto do poço e não a por estação de tratamento”, relata. “O cheiro é desagradável e quanto ao sabor não tenho como afirmar, pois não utilizamos para tomar”, complementa.
Em comum entre a família de José Francisco, Odemir, José Paulo e a maioria dos moradores da Zona Sul da capital é a falta de água tratada e de qualidade, a falta de rede de esgoto, e a falta de qualquer esperança nas promessas da Caerd.
Questionada pela reportagem sobre quando os investimentos de quase R$ 500 milhões do PAC (anunciados em 2015) se transformarão em realidade na cidade, a direção da Caerd nem se preocupa em nos responder, acostumada com a falta de transparência e a blindagem da maioria dos veículos da imprensa.
Em matéria de 2015 (Portal da Amazônia), encontramos informação da presidente da Caerd sobre um projeto que prevê 66 mil ligações de esgotos em bairros da Zona Sul e a de ordem de serviço para obras de coleta e tratamento de esgoto no valor de R$ 484,6 milhões, num investimento do PAC, para atender 50% da população, com previsão de conclusão somente em 2020.
Mas, corresponde à realidade? Onde estão as obras? Por que a Caerd insiste em negar informações? O que fica é apenas o descaso e o desprezo com a população de Rondônia.
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