A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO2) , com apoio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON), deflagrou nesta quarta-feira (18/12) a operação denominada "AUGIAS" que investiga um esquema de fraudes envolvendo servidores da Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal (ULSAV) de Alta Floresta D'Oeste e um escritório de contabilidade da região.

De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de inserir dados falsos no sistema do IDARON, emitir Guias de Trânsito Animal (GTAs) sem recolhimento de taxas e movimentar irregularmente rebanhos bovinos sem autorização dos proprietários. Em um dos casos investigados, foram detectadas movimentações suspeitas envolvendo 300 cabeças de gado, causando significativo prejuízo aos cofres públicos.

Ao todo foram cumpridos 14 (catorze) mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados, na sede de escritório de contabilidade e na sede da ULSAV de Alta Floresta do Oeste, bem como 10 (dez) medidas cautelares diversas da prisão.

Além do crime de constituir organização criminosa, os alvos da operação estão sendo investigados pelas práticas dos crimes de Inserção de dados falsos em sistema informatizado, peculato, prevaricação e fraude tributária.

"Esta é mais uma importante operação que demonstra o compromisso da Polícia Civil no combate aos crimes contra a istração pública. Continuaremos atuando com rigor no enfrentamento a esse tipo de crime que afeta diretamente os cofres públicos e compromete o controle sanitário do rebanho bovino do estado", destacou o Diretor-Geral da Polícia Civil, Samir Fouad Abboud.

O nome da operação faz referência a mitologia grega, onde Áugias foi um rei de Élida, sendo famoso por seus estábulos, que guardavam o maior número de gado bovino daquela região.